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Sincretismo religioso

Sobre o Julgamento na Jornada Espiritual
Como podemos abordar o julgamento sem cair em contradição? Ao apontar o erro no julgamento de alguém, não estaríamos nós mesmos julgando? Esse é o paradoxo que nos convida a uma reflexão mais profunda.
Talvez a verdadeira questão não seja suprimir o ato de julgar, mas sim mergulhar nas razões por trás dos julgamentos que fazemos constantemente. O problema real parece estar na conclusão apressada. Quando chegamos a um veredito, encerramos o diálogo e nos fechamos para a perspectiva do outro e, inevitavelmente, caímos na armadilha do ego.
Considere a frase: “Tenho um amigo da religião X. Eu o respeito, mas evitamos falar sobre isso”. É justamente nesse silêncio que mora o perigo. O que fazemos com as impressões e pré-conceitos que guardamos? Não seria mais produtivo usar esse respeito como uma ponte para o diálogo, expondo dúvidas e pontos de vista para que ambos possam transcender a ignorância mútua?
O Tantra, filosofia da qual conheço apenas um fragmento, ensina: “o tantra não exclui nada”. Acredito que muitas outras tradições compartilhem esse mesmo princípio. Contudo, de nada adianta absorver esses ensinamentos se não os colocarmos em prática.

“Somos todos um”

É uma frase muito bonita, mas senti-la pulsar no coração é uma experiência transformadora, e muito recorrente em cerimônias de Ayahuasca, a de ontem foi dedicada a Ganesha. Amanhã acordo cedo para a Quaresma de São Miguel Arcanjo, que participo segurando meu terço em frente ao meu altar com velas acesas em castiçais de barro comprados em um terreiro de umbanda, em frente a imagens de Buda e Ganesha, com cristais de quartzo que dividem espaço com meu kuripe e rapé da tribo Huni Kuin, e meu caderno pronto para receber algo que surgir durante as orações, orientação que recebi da Xangô, através de um amigo que meditava comigo. E é nessa mistura de símbolos e práticas que procuro a minha verdade.
Amém! Aho! Haux haux! Namastê! Saravá! Shalom! Salamaleico!

#sincretismoreligioso

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